Fontes, Wdisson Cleber da CostaSilva, Luana Pereira da2025-10-082025-06LUANA PEREIRA DA SILVA. PRÉ-ECLÂMPSIA ASSOCIADA À HIPERTENSÃO GESTACIONAL: REVISÃO DE LITERATURA, 2025. 28 folhas. Monografia de Conclusão de Curso- FASIPE- Faculdade de CPA.https://repositorio.fasipe.com.br/handle/123456789/1122ptHipertensão gestacionalGravidezPré-eclâmpsiaPré-eclâmpsia associada à hipertensão gestacional: revisão de literaturaWorking PaperA Pré-Eclâmpsia (PE) e a Hipertensão Gestacional (HG) são distúrbios hipertensivos da gravidez que representam importantes causas de morbidade e mortalidade materno-fetal, especialmente em países em desenvolvimento. Este trabalho de revisão de literatura teve como objetivo compreender a associação entre essas condições, seus fatores de risco e os mecanismos para seu controle. A HG é definida pelo aumento da pressão arterial (≥140/90 mmHg) que surge após a 20ª semana de gestação, sem a presença de proteinúria, enquanto a PE é caracterizada pela hipertensão acompanhada de proteinúria (≥300mg/24h) ou disfunção de órgãos-alvo. A fisiopatologia de ambas está ligada a uma placentação inadequada, que leva a estresse oxidativo, inflamação e disfunção endotelial, comprometendo a perfusão placentária. Fatores de risco significativos incluem obesidade, diabetes, hipertensão crônica pré-existente e dieta inadequada. O diagnóstico é estabelecido por meio de medições precisas da pressão arterial e avaliação da proteinúria, sendo fundamental para a prevenção de complicações graves como a Restrição de Crescimento Intrauterino (RCIU), parto prematuro, síndrome HELLP e a evolução para eclâmpsia, um quadro convulsivo potencialmente fatal. O tratamento varia conforme a gravidade, podendo incluir o controle da pressão arterial com medicamentos seguros na gestação, como a metildopa, e a decisão sobre o momento ideal para a interrupção da gravidez, que é a única cura definitiva. Estratégias preventivas, como o uso de aspirina em baixas doses em pacientes de alto risco, têm demonstrado eficácia. Conclui-se que, embora representem um sério desafio na prática obstétrica, o diagnóstico precoce, o acompanhamento rigoroso e uma abordagem multidisciplinar são essenciais para garantir melhores desfechos materno-fetais e mitigar o risco cardiovascular materno a longo prazo.