Quais instrumentos físico-funcionais de avaliação gerontológica são eficazes para predizer o risco de quedas em idoso?

Abstract

O envelhecimento populacional tem ampliado a incidência de quedas em idosos, configurando um problema de saúde pública com sérias consequências. A capacidade funcional, a independência e o bem-estar dos idosos podem ser comprometidos por quedas recorrentes. Diante desse cenário, este estudo teve como propósito examinar os principais instrumentos de avaliação funcional e as estratégias fisioterapêuticas utilizadas na prevenção de quedas em idosos. Foi realizada uma revisão bibliográfica qualitativa e descritiva, com a seleção de artigos científicos disponíveis nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, BVS e Google Scholar, utilizando descritores relacionados à fisioterapia, idosos e prevenção de quedas. Os resultados apontam que instrumentos como a Bateria Curta de Desempenho Físico (SPPB), o teste Levantar e Andar (TUG), o Teste de Alcance Funcional (FRT), a Escala de Equilíbrio de Berg (BBS) e Falls Efficacy Scale – International (FES-I) são amplamente validados e eficazes para identificar o risco de quedas, sendo recomendada sua aplicação conjunta para uma avaliação funcional mais abrangente. A literatura também evidencia que intervenções fisioterapêuticas, como treino de equilíbrio, fortalecimento muscular, exercícios funcionais e programas domiciliares supervisionados, reduzem significativamente a incidência de quedas, além de melhorarem a confiança e a independência do idoso. Conclui-se que a avaliação funcional sistematizada, associada a intervenções fisioterapêuticas individualizadas e baseadas em evidências, representa uma estratégia essencial na prevenção de quedas, contribuindo para um envelhecimento mais ativo, seguro e saudável.