Intervenções fisioterapêuticas na disfunção erétil

A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade recorrente de obter e manter uma ereção que permita atividade sexual satisfatória, representando a disfunção sexual que mais afeta os homens durante o envelhecimento. Este trabalho teve como objetivo descrever a disfunção erétil e investigar o papel das intervenções fisioterapêuticas no seu tratamento, analisando suas principais causas, desafios diagnósticos e impacto na qualidade de vida. A metodologia consistiu em revisão bibliográfica exploratória qualitativa, conduzida através de busca sistemática nas bases de dados SciELO, Google Acadêmico e PubMed, utilizando descritores específicos no período de 2016 a 2025. Foram selecionados 25 artigos após aplicação rigorosa dos critérios de inclusão e exclusão. A fisiopatologia da DE envolve múltiplos mecanismos que comprometem o processo neurovascular complexo da ereção peniana, sendo a disfunção endotelial um componente central, especialmente na etiologia vascular que representa mais de 80% dos casos. A prevalência global varia consideravelmente, atingindo desde 3% até 76,5% da população masculina, com estudos brasileiros demonstrando prevalências entre 38% e 65,85%. As barreiras socioculturais constituem obstáculos significativos para busca de tratamento, perpetuando um ciclo de sofrimento silencioso devido ao estigma social e pressão para manter imagem de virilidade inquestionável. A fisioterapia representa abordagem nãoinvasiva, indolor e de baixo custo, fundamentada no conhecimento da anatomia do assoalho pélvico masculino. As principais intervenções incluem treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP), eletroestimulação, terapia por ondas de choque de baixa intensidade, vacuoterapia e biofeedback. Estudos demonstram eficácia das intervenções fisioterapêuticas, com 40% dos participantes recuperando-se completamente e 35% apresentando melhora significativa após três a seis meses de tratamento. A abordagem multiprofissional é essencial devido à complexidade etiológica da condição. Conclui-se que a fisioterapia oferece alternativa eficaz e complementar aos tratamentos convencionais, contribuindo significativamente para melhoria da função erétil e qualidade de vida dos pacientes.
Disfunção erétil, Fisioterapia, Assoalho pélvico, Reabilitação sexual, Saúde masculina
GODOI, Luciana de Faria. Intervenções Fisioterapêuticas na Disfunção Erétil. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso l. Bacharel em Fisioterapia p. 28 – Faculdade FASIPE, Cuiabá, 2025.