Tricomoníase: complicações e desafios na saúde feminina

Abstract

A tricomoníase é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) não viral mais prevalente no mundo, sendo causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Constitui uma doença de difícil detecção, visto que a maioria dos pacientes é assintomático. Quando há sintomatologia, há maior prevalência nas mulheres, tendo como sinais e sintomas característicos: intensa descarga vaginal amarelo esverdeada, bolhosa, espumosa acompanhada por odor fétido semelhante a peixe, prurido, disúria e dispareunia. Quanto ao diagnóstico, o mais amplamente disseminado é a microscopia a fresco, que se dá através da visualização dos parasitas. O tratamento de escolha é o uso de antiparasitários, os 5-nitroimidazois, sendo o metronidazol e o tinidazol mais comumente utilizados, tendo maior cautela durante a gravidez e a amamentação. A relevância desta pesquisa fundamenta-se na percepção da importância da tricomoníase no contexto da saúde feminina, uma vez que sua notável prevalência e incidência impactam predominantemente o público feminino. No âmbito da saúde reprodutiva, a tricomoníase configura-se como um elemento de risco para várias complicações. O objetivo é revisar e aprofundar o conhecimento sobre a tricomoníase, orientar sobre a saúde sexual e reprodutiva das mulheres, com foco em diagnóstico, tratamento e prevenção. É de grande importância fazer o teste citológico, que é realizado por meio do exame colpocitológico (Papanicolau). Esse exame pode ocasionalmente detectar a presença de parasitas como o T. vaginalis. A metodologia trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa descritiva, realizada a partir de pesquisas em plataformas de conhecimento científico como: Scielo, PubMed e Google Acadêmico. As publicações utilizadas foram delimitadas aos últimos dez anos, nas línguas portuguesa e inglesa. As publicações que antecedem o período estabelecido se devem ao seu impacto duradouro e substancial no campo da tricomoníase.