Câncer de próstata: diagnóstico, fatores contribuintes e consequências clínicas

Abstract

O câncer de próstata (CaP) é a neoplasia maligna mais prevalente entre os homens, representando uma das principais causas de mortalidade masculina no Brasil e no mundo. Trata-se de uma condição que, por sua evolução geralmente silenciosa nas fases iniciais, dificulta o diagnóstico precoce e compromete significativamente o prognóstico dos pacientes. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo examinar os fatores que contribuem para a detecção tardia do CaP, as consequências clínicas e econômicas decorrentes desse atraso e o papel estratégico da atenção primária na prevenção e no rastreamento eficaz da doença. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com base em publicações científicas nacionais e internacionais entre os anos de 2016 e 2024. A análise revelou que o estigma relacionado ao exame de toque retal, a ausência de uma cultura de autocuidado entre os homens e o déficit de políticas públicas voltadas especificamente para a saúde masculina ainda são entraves relevantes no enfrentamento da patologia. Observou-se, ainda, que a atenção primária, quando bem estruturada e integrada a ações educativas contínuas, pode atuar como ferramenta essencial na redução da mortalidade, promovendo o diagnóstico em fases iniciais e oferecendo suporte humanizado ao paciente. Conclui-se que o combate ao câncer de próstata exige não apenas avanços técnicos e diagnósticos, mas também uma transformação sociocultural que favoreça o acesso, a informação e o acolhimento do homem nos serviços de saúde.