Abordagens biomédicas para o tratamento do melasma visando a melhoria estética

Abstract

A condição dermatológica crônica conhecida como melasma é marcada pelo aparecimento de manchas hiperpigmentadas, de tonalidade marrom a acastanhada, que atingem principalmente regiões da pele que ficam em exposição ao sol, como a face, particularmente bochechas, testa, nariz e queixo. Esta é uma condição estética que tem um efeito expressivo na qualidade de vida dos pacientes, devido ao dano a aparência e a complexidade do tratamento. Com base nessas questões, o propósito deste estudo é examinar as principais estratégias biomédicas utilizadas no tratamento do melasma, concentrando-se na eficácia e segurança das técnicas, bem como na otimização dos resultados estéticos. A pesquisa foi elaborada de maneira exploratória e qualitativa, fundamentada em uma revisão bibliográfica. A busca do material científico foi realizada em bases de dados amplamente respeitadas pela comunidade científica, tais como PubMed, Scielo e Google Acadêmico em um período que foi do 2º semestre de 2024 até o 1º semestre de 2025, com recorte temporal de 2004 a 2024. Palavras-chave como "melasma", "tratamento biomédico", "estética" e "Brasil" foram empregadas para localizar artigos relevantes. Com isso, foi possível investigar elementos essenciais ligados a anatomia e fisiologia da pele, as causas e processos relacionados a fisiopatologia do melasma, além dos métodos diagnósticos mais comuns empregados na prática clínica. A pesquisa procurou entender as diversas estratégias terapêuticas, a aplicação tópica de agentes despigmentantes, como o ácido tranexâmico, que se destacou como um dos métodos mais promissores. Devido à sua atividade clareadora, o ácido tranexâmico tem demonstrado habilidade para bloquear a produção de melanina, interferindo diretamente no processo de hiperpigmentação. O estudo também enfatizou a utilização integrada de terapias, como a combinação de peelings químicos com ácidos (glicólico, mandélico, entre outros), além de procedimentos minimamente invasivos, como a intradermoterapia, que envolve a aplicação precisa de substâncias despigmentantes diretamente na derme. Esta estratégia conjunta intensifica a diminuição das manchas e aprimora a textura e a aparência total da pele. Os resultados indicaram que a combinação de métodos tópicos e injetáveis gera efeitos associados significativos para o clareamento das manchas, além de reduzir os efeitos colaterais específicos de cada técnica, tornando o tratamento mais seguro e eficiente. Destacou-se a relevância do biomédico esteta na avaliação personalizada do paciente, na seleção correta dos protocolos terapêuticos e na supervisão constante, para assegurar a adesão ao tratamento e a prevenção dos resultados ao longo do tempo. Portanto, concluiu-se que o tratamento efetivo do melasma necessita de uma estratégia abrangente, personalizada e constante, onde a participação do biomédico esteta é essencial para assegurar não só a melhoria estética, mas também a qualidade de vida dos pacientes.