Os impactos do manejo assertivo no tratamento da doença hemolítica perinatal

Abstract

A Doença Hemolítica Perinatal (DHPN), também conhecida como eritroblastose fetal, é uma grave condição resultante da incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto, que leva à destruição das hemácias fetais por anticorpos maternos, causando anemia, hidropisia fetal e risco de óbito. Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo avaliar os impactos do manejo assertivo no tratamento da DHPN, destacando sua importância para a redução de complicações e da mortalidade neonatal. Para alcançar esse objetivo, a metodologia empregada foi uma revisão de literatura de natureza qualitativa e descritiva, baseada em artigos científicos publicados entre 2006 e 2025, pesquisados em bases de dados como Scielo, Google Acadêmico e Pubmed. A conclusão da pesquisa evidencia que o manejo assertivo é o pilar mais eficaz no enfrentamento da DHPN. As principais estratégias incluem o diagnóstico precoce por meio do teste de Coombs e o monitoramento contínuo com ultrassonografia Doppler, que permitem intervenções oportunas como a transfusão intrauterina. A profilaxia com imunoglobulina antiD demonstrou ser fundamental para reduzir drasticamente a incidência de casos graves. Contudo, o trabalho aponta desafios persistentes no Brasil, como a falta de protocolos padronizados e de infraestrutura adequada, que dificultam a prevenção e o tratamento. O estudo reforça que o acompanhamento se estende ao período pós-natal para tratar complicações como a hiperbilirrubinemia e prevenir sequelas neurológicas, ressaltando a necessidade de capacitação profissional e políticas de saúde que garantam um pré-natal de qualidade.