Práticas integrativas e complementares em saúde do idoso: envelhecimento com qualidade de vida

Abstract

O aumento do número de idosos no Brasil, exige uma melhor execução das políticas públicas de saúde voltada para essa população. Frente ao processo de envelhecimento que envolve transformações biológicas, psicológicas, sociais, doenças crônicas e outras condições que impactam significativamente a qualidade de vida, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem se empenhado na inclusão das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como uma forma de promover um cuidado mais holístico e humanizado. As PICS, como acupuntura, fitoterapia, yoga, meditação e terapias manuais, visam tratar o idoso de maneira integral, abordando vários aspectos e não apenas as doenças físicas. Este estudo tem como objetivo demonstrar como as PICS integradas aos cuidados de enfermagem, promovem uma melhor saúde ao idoso, os benefícios dessas práticas na melhoria da qualidade de vida, na redução da dependência e na promoção do envelhecimento saudável e ativo. Metodologia: A pesquisa qualitativa, com revisão sistemática da literatura e entrevistas com profissionais de saúde e idosos que utilizam as PIC. A análise busca identificar os benefícios dessas práticas na saúde do idoso e os desafios para sua implementação no SUS. Discussão: As evidências apontam que as PIC têm se mostrado eficazes na promoção de um envelhecimento saudável, no controle de doenças e no alívio de sintomas emocionais. No entanto, a sua integração no SUS enfrenta obstáculos como a desigualdade no acesso e a falta de formação específica para os profissionais de saúde. A implementação das PIC deve respeitar as diversidades culturais e regionais do Brasil. Conclusão: As PIC representam uma estratégia viável para complementar o tratamento convencional e promover um cuidado mais holístico aos idosos no SUS. Superar os desafios de implementação e ampliar o acesso a essas terapias pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos idosos, oferecendo um envelhecimento mais saudável e ativo. O estudo contribui para o aprimoramento das políticas públicas de saúde, com foco na inclusão das PIC como parte essencial do cuidado ao idoso.