Efeitos dos inibidores de 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A (HMG-CoA redutase) nos níveis de transaminases hepáticas
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2025-06
Estatinas, fármacos que inibem a enzima HMG-CoA redutase, são amplamente prescritas na prevenção e tratamento de dislipidemias e doenças cardiovasculares, graças à sua capacidade de reduzir significativamente os níveis de LDL-colesterol. No entanto, seu uso pode provocar elevações nos níveis de transaminases hepáticas, ALT e AST, enzimas sensíveis à integridade dos hepatócitos e amplamente utilizadas como marcadores de função hepática.A maior parte das alterações enzimáticas associadas ao uso de estatinas é discreta, assintomática e reversível, sem repercussões clínicas significativas. Rosuvastatina e pravastatina, por apresentarem menor metabolismo hepático e menor interação com o citocromo P450, demonstram perfil de segurança mais favorável em relação à função hepática, especialmente em pacientes com comorbidades ou em uso de múltiplos medicamentos. Em contrapartida, estatinas lipofílicas, como sinvastatina e atorvastatina, apresentam maior potencial de elevação das transaminases, principalmente em doses elevadas ou quando associadas a medicamentos que interferem em seu metabolismo. Fatores genéticos influenciam diretamente o metabolismo, transporte e excreção das estatinas, alterando sua eficácia terapêutica e o risco de efeitos adversos. A compreensão desses mecanismos farmacogenéticos tem se mostrado útil na personalização do tratamento. Em pacientes com doenças hepáticas crônicas controladas, como esteatose hepática não alcoólica e hepatites virais estáveis, as estatinas têm demonstrado segurança, inclusive com potenciais efeitos benéficos sobre o fígado. O monitoramento regular dos níveis de ALT e AST é recomendado principalmente em contextos de risco elevado, permitindo intervenções precoces e garantindo o equilíbrio entre os benefícios cardiovasculares e a segurança hepática. A escolha adequada da estatina, o conhecimento de suas vias metabólicas, a avaliação do perfil genético do paciente e o acompanhamento laboratorial contínuo são estratégias fundamentais para garantir um tratamento seguro e eficaz. A coleta de dados ocorreu no segundo semestre de 2024 e no primeiro semestre de 2025, nos bancos de dados Scientific Eletronic Library Online (ScieELO), National Library of Medicine (Pubmed), Biblioteca Virtual da Saúde, Bireme com recorte temporal de 2001 à 2025.
Estatinas, transaminases hepáticas, hepatotoxicidade, HMG-CoA redutase, função hepática
MORAES, Julia Matos de. Efeitos dos inibidores de 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A (HMG-CoA redutase) nos níveis de transaminases hepáticas. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso – Centro Universitário Fasipe – UNIFASIPE.
