Beneficio dos grupos terapêuticos na atenção primária: estudo de caso sobre um grupo de depressão

A atuação do psicólogo tem se expandido para diversas áreas, atendendo diferentes demandas, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), o que faz pensar na possibilidade da inserção desses profissionais na Unidade Básica de Saúde (UBS). Cada vez mais ocorre um aumento no número dos transtornos mentais comuns, como a depressão e a ansiedade. Uma parcela de indivíduos acometidos por esses anseios passam pela atenção primária, porta de entrada do SUS, permanecendo, por um longo período, nas listas de espera para atendimento. Para fomentar essa prática, este trabalho buscou descrever as contribuições da terapia cognitivocomportamental no formato de grupo, no tratamento de pacientes com transtorno depressivo. Para isso, como apresentado no presente estudo de caso, acompanhou-se no período de três meses, em 10 sessões na UBS do Jardim Jacarandás, na cidade de Sinop-MT, um grupo de três participantes do sexo feminino, com a faixa etária de 31 a 54 anos. A sessões foram classificadas em estágio inicial, que consistiu em ensinar as pacientes sobre esses transtornos depressivos e ansiosos e o funcionamento da terapia. Estágio intermediário, em que aplicaram o que aprenderam sobre o modelo cognitivo-comportamental, distorções cognitivas e mudança de hábitos. Por fim, o estágio final, tendo como resultado o feedback positivo das pacientes. A diminuição dos sintomas depressivos foi acompanhada pelo escore do inventário de depressão do livro "A mente vencendo o humor", de Dennis Greenberger e Christine A. Padesky. Além de serem observadas mudanças significativamente positivas nos hábitos e no humor depressivo, este trabalho demonstra a importância do profissional psicólogo no local e a eficiência da psicoterapia de grupo em UBS.
Depressão, SUS, Grupos, Terapia cognitivo-comportamental