Adolescência, transtorno borderline e vínculo familiar

O Transtorno de Personalidade Borderline – TPB, se caracteriza, essencialmente por seu padrão difuso e instável nas relações interpessoais, na autoimagem e uma impulsividade acentuada, assim como um medo profundo do abandono ou à sua mera menção. O presente estudo buscou o entendimento das características borderlines e a forma de manifestação no período da adolescência, considerada uma fase de mudanças físicas, cognitivas e emocionais que consolidam a estrutura da psique e que modela a forma final da personalidade. Portanto, o objetivo da pesquisa foi de descrever sobre o transtorno de personalidade borderline na adolescência, suas particularidades e como o tratamento psicoterapêutico atua em relação ao vínculo entre o adolescente e sua família. Para alcance do objetivo definido, foi necessário descrever as características do Transtorno de Personalidade Borderline, indicando as peculiaridades da adolescência, características da formação de vínculos para os adolescentes e compreensão de como se processa as formas de tratamento para o transtorno. A justificativa para abordar o tema em questão, baseou-se nos aspectos do transtorno que sugerem que tanto o adolescente quanto sua família, precisam adaptar-se, representando um desafio na relação familiar e no estabelecimento de vínculo terapêutico. Quanto ao problema de pesquisa, este estudo investigou as contribuições que tratamento psicológico pode fornecer aos adolescentes borderlines, relacionado à forma de lidar com seu transtorno e seus vínculos. A metodologia de pesquisa consistiu em uma revisão de literatura exploratória e qualitativa, com apresentação e discussão de estudos publicados entre os anos de 2010 a 2021. Como resultados, os estudos enfatizaram a melhoria da organização psíquica do adolescente borderline através do autoconhecimento e regulação emocional proporcionado pelo tratamento psicoterápico. De maneira geral, os estudos também destacaram a confiança, autonomia e produtividade dos pacientes, além de questões relacionadas à família e intervenções que reduzem sintomas como a impulsividade característica do TPB.
Adolescente, Transtorno da Personalidade Borderline, Vínculo Afetivo