O teste Timed Up And Go prediz queda no idoso

Abstract

O teste Timed Up and Go (TUG) é amplamente utilizado para estimar o risco de quedas em idosos. Apesar de sua complexidade, geralmente apenas o tempo total é considerado. A evolução tecnológica dos smartphones possibilitou o desenvolvimento de aplicativos voltados para monitoramentos diagnósticos. Este estudo teve como objetivo analisar o TUG como ferramenta de avaliação da força muscular em idosos comunitários. Foi conduzido um estudo observacional, transversal e analítico. As quedas em idosos representam um desafio relevante para a saúde pública. Observa-se uma melhora nas condições gerais de saúde dessa população, possivelmente atribuída ao avanço da medicina, mudanças no comportamento, programas voltados ao idoso, aumento do nível socioeconômico e transformação no perfil epidemiológico populacional. A identificação do risco de quedas é essencial para formulação de políticas públicas de saúde, dado que a queda caracteriza-se por um deslocamento não intencional para um plano inferior, devido a diversos fatores que afetam o equilíbrio corporal. A pesquisa teve como foco investigar a eficiência do TUG nesse contexto. Para tanto, realizou-se uma revisão de literatura com artigos das bases PubMed e Scielo entre 2011 e 2021. Os achados indicam que, isoladamente, o TUG não é totalmente confiável para prever quedas, mas quando associado a outros testes funcionais como os de marcha e equilíbrio, contribui significativamente para identificar idosos em maior risco. Com base nos dados da PNAD (1998/2003), que investigou a mobilidade física de idosos no Brasil, verificou-se grande prevalência de dificuldades para caminhar 100 metros, sendo a amostra composta por 28.943 e 35.042 indivíduos com 60 anos ou mais. As variáveis incluíram sexo, faixa etária, região e renda. Os resultados reforçam que políticas públicas voltadas à manutenção da mobilidade são essenciais para reduzir riscos e melhorar a qualidade de vida dos idosos.